Tratado de Educação Ambiental: um compromisso pelo (e para o) planeta
O Tratado de Educação Ambiental Para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global é um dos documentos gerados durante a Eco-92 que ainda se mantém como prática inspiradora para os dias de hoje
Por Débora Menezes Planeta Sustentável - 07/08/2008 (matéria publicada em http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/educacao/conteudo_293882.shtml)
É um consenso geral entre os ambientalistas: a Eco-92 foi um marco para que o tema da sustentabilidade ganhasse espaço definitivo na agenda do planeta. Dezessesis anos depois da segunda Conferência das Nações Unidas Para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, um grupo de educadores e participantes de movimentos socioambientais propôs a releitura de uma das ações mais importantes da época: a criação do Tratado de Educação Ambiental Para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global, documento com princípios que tratam de uma educação ambiental transformadora.
Entre outros, o tratado inspirou a Política Nacional de Educação Ambiental, que legisla sobre o tema desde 1999, e influencia os programas de responsabilidade socioambiental de empresas e instituições como a Itaipu Binacional. As frases com destaque desta reportagem são trechos do tratado.
Palavras têm força. É o que acreditavam os mais de 500 educadores que escreveram coletivamente o Tratado e é no que acreditam, até hoje, os que participaram do processo durante a Eco-92. Como Moema Viezzer, cientista social que atuou no Movimento Feminista e trabalhou com educação ambiental na Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental Cetesb, em São Paulo.
Moema ajudou a articular a primeira jornada que originou o Tratado, reunindo centenas de mentes e mãos para dar corpo às necessidades emergentes ligadas às questões ambientais. Ela é uma das articuladoras da Segunda Jornada de Educação Ambiental que, até 2012, pretende, entre outras ações, difundir ainda mais o tratado. Ela lembra que o trabalho de reunir essas pessoas no Rio de Janeiro também marcou a grande conferência da ONU.
Pela primeira vez, organizações não-governamentais e movimentos sociais ganharam destaque, reunidos em um evento paralelo à Eco-92 o Fórum Internacional de Ongs e Movimentos Sociais e colaborando com a sociedade civil na redação de 36 tratados. Os temas eram diversos: de modelos econômicos alternativos ao compromisso dos cidadãos em relação a biodiversidade, todo o esforço foi concentrado na busca por debater um modelo de desenvolvimento que harmonizasse igualdade social e proteção dos recursos naturais.

2 comentários:
Olá, gostei muito do seu blog.
Parabéns!
Um abraço
Cda vez mais me conveço que a Educação Ambiental é acima de tudo uma formação para valores éticos da cidadania.
Para agir precisamos de valores que nos guiam na ação! Mas Educação Ambiental também é Ação,militância! Assim como São Paulo escreveu: "A fé sem as obras nada vale!" assim também a Educação Ambiental crítica sem a ação. nada transforma!
Erno
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